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aurona arona |cs167
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Ember
is quartet of Urs Leimgruber (saxes), Christian Lillinger (drums, percussion),
Oliver Schwerdt (piano) and Alexander Schubert (electronics, violin).
Leimgruber is a veteran improvisor from Switzerland. The other three musicians
all come from Germany and represent a younger generation. "Aurora
Arona" is their second album. Their debut "Oullh d'baham"
saw the light in 2006 on Euphorium. Every now and then the four musicians
meet to play and record. Swiss saxophonist Urs Leimgruber has a watchmaker's sense of time. His works create the sense of listening to a watch's inner workings up close, with his collaborators coming in on cue with the surety of little weights and wheels. Four new releases—two quartets, a trio and a solo—offer an opportunity to catch the master, born in 1952, at a point where he is at the top of his game but still evolving, rife with fresh ideas. [...] On Aurona Arona, the quartet Ember brings Leimgruber together with electronics and organ and piano and violin, as well as drums (Alexander Schubert, Oliver Shwerdt and Christian Lillinger, respectively). Things get almost wacky here, with the Monk-ian syncopation exaggerated on the exotic instrumentation. As always with Leimgruber, however, this is never for the sake of novelty. Crosscurrents and undercurrents abound, leaving assorted artifacts of sound in their circulation. Leimgruber thinks through music, as most improvisers do, but there is a philosophical dimension at work, wherein he reflects on the value of time—which implies not least of all the time spent listening to music. Music of Leimgruber's rigor shows us how, rather than waste it, time grows out of this listening. Gordon Marshall (All About Jazz) Não fosse a intervenção de Alexander Schubert e teríamos em "Aurona Arona" um grupo representativo da música improvisada com matriz jazzística, não estranha ao que normalmente faz o saxofonista suíço Urs Leimgruber e até o baterista alemão Christian Lillinger, conhecido por nunca se afastar demasiado de métricas e pulsações. A música ouvida tem o cerebralismo quente que habitualmente associamos a Leimgruber, mas também o tipo de exploração detalhística que é tão característico da electroacústica. Só isso (o que, de qualquer modo, já é muito) o diferencia, pois de resto nada acrescenta a trajectos musicais, o do pianista Oliver Schwerdt incluído, que já deram mais brilhantes frutos. Com estudos em neuro-informática, ciência cognitiva e composição multimédia, Schubert tem sido desde sempre um cultor da combinação de instrumentos convencionais e "live electronics", sobretudo em contexto de associação da escrita com a improvisação, incidindo o seu trabalho tanto na programação e no "design" de "software" específico para tais propósitos como no desenvolvimento de formas de notação electrónica. O que se conclui pela audição de "Aurona Arona" é que não terá havido partituras durante as gravações, e sim um labor composicional dos registos improvisados, em estúdio, e até que uma boa parte dos elementos electrónicos foi introduzida complementarmente. Schubert seccionou as improvisações, retirou os típicos momentos de busca improvisacional para ficar apenas com os materiais passíveis de "formatação" e converteu as estruturas emergentes em "temas". A este nível, esta é uma música em que o improviso surge não como "composição imediata", mas como matéria-prima para uma "composição à posteriori". Interessante, sem dúvida, ainda que os puristas da música improvisada possam considerar tal procedimento um atentado. Rui Eduardo Paes O único disco aqui analisado que não conta com a presença de Ernesto Rodrigues é uma co-edição partilhada entre a portuguesa Creative Sources e a alemã Ahornfelder. O quarteto Ember junta Urs Leimgruber, Alexander Schubert, Oliver Schwerdt e Christian Lillinger e este é o seu segundo registo, depois de Oullh d'baham (Euphorium, 2006). O jovem baterista Lilinger tem dado nas vistas, pois não pára de exibir o seu fulgurante pulsar enérgico: além da vintena de projectos que mantém (não é exagero, confirmem o seu MySpace), acaba de editar um aplaudido Grünen (Clean Feed) e colabora com nomes grandes como Joachim Kühn ou Gunter Sommer. O saxofonista Leimgruber também tem estado em destaque, uma vez que além de fazer parte do excelente Quartet Noir acaba de editar também na Clean Feed um disco em duo com o gigante Evan Parker, Twine. Alexander Schubert (electrónica) e Oliver Schwerdt (piano, percussão e orgão) esforçam-se por estar à altura dos parceiros de projecto. O resultado é uma improvisação com aproximações à estética “free jazz”, com uma adicional componente electrónica. Apesar de momentos de contenção sonora (faixas 2, 3 e 5), este Aurona Arona afirma-se globalmente afastado da reverência ao silêncio que marca boa parte do catálogo CS. Apesar da diferença, este disco deverá contudo ser saudado como lufada de ar fresco, por acrescentar cores vivas à label lusa. E que mesmo assim não destoa do pantone geral da editora. É por estas e por outras que, mesmo que poucos saibam, esta é uma das melhores editoras especializadas do mundo. Nuno Catarino (Bodyspace) The last CD from Portuguese label Creative Sources’ latest shipment (just go back a few days for my reviews of the other titles) features a German quartet. Behind the name Ember hides a free improvisation quartet whose best known member is saxophonist Urs Leimgruber. He plays here with Alexander Schubert on electronics, pianist Oliver Schwerdt, and drummer Christian Lillinger. Meticulous, rather cerebral, but consistent free improvisation, with a strong contribution from the electronics. Nothing phenomenal, but a honest live performance (from April 2008). In any case, Leimgruber has very rarely associated with mediocre projects. François Couture (Monsieur Délire)
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